Para sabermos mais sobre este tema, entrevistei Maria Amélia Campos, investigadora do CHSC da Universidade de Coimbra, uma especialista em história religiosa para o período medieval.
Perante uma sociedade em que os templos religiosos se encontram fechados, esta entrevista procurará conhecer:
- os relatos de Peste Negra entre os membros das colegiadas de Coimbra;
- os efeitos locais e as consequências económicas;
- as mudanças no quotidiano decorrentes da pandemia.
Durante a preparação da entrevista, Maria Amélia Campos enalteceu a importância das colegiadas de Coimbra do século XIV perante as pandemias afirmando que "Numa primeira aceção, Igreja significa Assembleia e a demonstração pública e coletiva da fé é uma das componentes fundamentais da vivência do Cristianismo. No decorrer desta pandemia que, em Itália, vitimou vários sacerdotes e que rapidamente levou o Vaticano a fechar as igrejas, interessa ver como é que outras epidemias afetaram as comunidades eclesiásticas e o seu serviço religioso, ao longo da História. Olhar para o caso das colegiadas de Coimbra, depois da Peste de 1348, serve para nos dar luzes sobre o impacto de uma doença altamente contagiosa na vida de uma cidade, especialmente, no quotidiano religioso de leigos e eclesiásticos."
Publicação de Maria Amélia Campos da Universidade de Coimbra |
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