quarta-feira, 22 de abril de 2020

Maria Amélia Campos (U. Coimbra): As Colegiadas de Coimbra perante a Peste Negra

Apesar de estarmos fechados em casa, somos constantemente alvo das notícias da pandemia global de Covid-19 através da televisão, dos jornais on-line e das redes sociais. A entrevista que hoje se publica neste blogue busca uma escala diferente, mais pequena, e uma realidade mais específica: Que efeitos teve a pandemia de Peste Negra nas colegiadas de Coimbra em meados do século XIV?

Para sabermos mais sobre este tema, entrevistei Maria Amélia Campos, investigadora do CHSC da Universidade de Coimbra, uma especialista em história religiosa para o período medieval.



Perante uma sociedade em que os templos religiosos se encontram fechados, esta entrevista procurará conhecer:

  • os relatos de Peste Negra entre os membros das colegiadas de Coimbra;
  • os efeitos locais e as consequências económicas;
  • as mudanças no quotidiano decorrentes da pandemia.
Durante a preparação da entrevista, Maria Amélia Campos enalteceu a importância das colegiadas de Coimbra do século XIV perante as pandemias afirmando que "Numa primeira aceção, Igreja significa Assembleia e a demonstração pública e coletiva da fé é uma das componentes fundamentais da vivência do Cristianismo. No decorrer desta pandemia que, em Itália, vitimou vários sacerdotes e que rapidamente levou o Vaticano a fechar as igrejas, interessa ver como é que outras epidemias afetaram as comunidades eclesiásticas e o seu serviço religioso, ao longo da História. Olhar para o caso das colegiadas de Coimbra, depois da Peste de 1348, serve para nos dar luzes sobre o impacto de uma doença altamente contagiosa na vida de uma cidade, especialmente, no quotidiano religioso de leigos e eclesiásticos."

Amazon.com: Cidade e Religião: A colegiada de Santa Justa de ...
Publicação de Maria Amélia Campos da Universidade de Coimbra


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